Diva Moreira, uma mulher negra movida pelo desejo de transformar o mundo. Semeadora da cultura negra, da paz e dos direitos humanos!
Cientista política, comu8nicadora, palestrante, militante e intelectual negra é uma dessas mulheres que mudam, para melhor, a história. Sua trajetória é marcada pela difusão de ideias e ações voltadas à luta antirracista,
à participação na reforma sanitária e à luta antimanicomial, desde a década de 1970. Mineira de Bocaiúva, no Norte do Estado, enveredou no movimento de mulheres pela Anistia Política e pela redemocratização.
No final dos anos de 1980 fundou a Casa Dandara, um centro de educação e cultura para a população negra em Belo Horizonte. A defesa dos direitos das mulheres segue sendo uma de suas bandeiras.
pelo engajamento pela redemocratização do Brasil. No final dos anos 1980, fundou a Casa Dandara, centro de educação e cultura dedicado à população negra de Belo Horizonte.
“Quem ama não Mata”
Tem mais de seis décadas de atuação em defesa dos segmentos mais destituídos da sociedade brasileira e mesmo de mulheres da elite quando participou da Campanha Quem Ama não Mata.
Durante a ditadura empresarial-militar, ela participou do movimento operário, do feminista, da reforma sanitária que criou o SUS, e foi uma das pioneiras na defesa dos pacientes internados nos
hospícios de Barbacena.
Desde a década de 1980, Diva voltou-se em especial para as lutas pelos direitos do povo negro, com ênfase sobretudo na construção da identidade negra, na valorização e apoio de sua cultura e na
pesquisa de sua história.
Diva é uma defensora incansável da democracia, dos direitos humanos, bem como da justiça e igualdade racial no país.
Sendo neta de um ex-escravizado, filha de uma empregada doméstica, Diva iniciou sua jornada acadêmica em 1967, graduando-se em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG). É mestra em Ciência Política tendo concluído seu mestrado, também na UFMG, em 1973
Atividades Sociais e Culturais
Casa Dandara
Diva Moreira foi uma das fundadoras da Casa Dandara – projeto de cidadania do povo negro, fazendo da cultura um instrumento de mobilização das pessoas negras para a construção da identidade
e elevação de sua autoestima. A Organização que funcionou de 1987 a 1998 vai ser reconstituída em 2025.
- Projeto Dia de Estudo: Construção de consciência crítica e cidadã; valorização da cultura negra em todas as suas modalidades, inclusive na culinária;
- Projeto Calendário: anualmente produzidos os calendários transmitiam imagens belas e altivas do povo negro, junto com informações sobre datas históricas;
- Projeto Criança de Dandara: solicitado pelos adultos, o projeto fazia reforço escolar no contraturno e trabalhava a autoestima através da cultura.
Grupo Luna de Capoeira Angola
Junto com o saudoso Mestre Humberto, o Mestre Primo, com sua experiência no Grupo Luna de Capoeira Angola formou uma geração de capoeiristas na Casa Dandara, que inclusive levou a
Capoeira para fora do Brasil. Junto com o Mestre Primo, Diva Moreira ajudou a fundar o Projeto JUEP – Juventude Ética e Política, que contou com a participação de jovens negros moradores da comunidade do Bairro Saudade.
A pesquisa sobre o papel da cultura negra durante a escravidão e após a abolição
De volta ao trabalho voluntário, Diva Moreira, está em fase de finalização do livro intitulado: Reparações: um projeto de Brasil.
Nele, pesquisou e destacou a prodigiosa resistência cultural dos afrodescendentes por meio da capoeira, das irmandades do Rosário, dos terreiros das religiões de matriz africana, da música, dentre outras manifestações culturais.
Sobretudo o samba e o Carnaval, desde a emblemática experiência na pequena África com a Tia Ciata, o samba tem desempenhado um papel extraordinário na construção da sociabilidade (para além das barreiras de cor),
na preservação da cultura negra, em suas mais diversas modalidades, e na saúde mental de seus componentes e frequentadores.
A preservação da identidade étnica por meio de: ▪ A língua falada no Brasil sofreu várias influências sobretudo do quimbundo, kikongo e do Umbundo;
▪ As religiões de matriz africana e o catolicismo popular das irmandades do Rosário e dos reisados;
▪ A capoeira, como roda que prepara para a defesa e o ataque e cuida da saúde física e mental;
▪ Os quilombos – territórios onde foram preservadas as tradições africanas e uma economia de partilha. Além do que foi falado anteriormente, a preservação da identidade étnica após a república também aconteceu por meio de:
▪ A imprensa negra e as organizações para a formação política e a luta por direitos;▪ As casas das mães de santo que preservaram todo o patrimônio cultural e eram espaços de encontros de sambistas, como a famosa Casa
da Tia Ciata, no Rio de Janeiro;
▪ O carnaval com a criação dos grêmios recreativos em várias favelas do Rio e de São Paulo;
▪ O Teatro Experimental do Negro, cujos líderes maiores foram escritores, como Solano Trindade
Na mídia:
Episódio: Escute as mais velhas
Diva Moreira – Uma vida dedicada à luta antirracista | TV MP
Entrevista DIVA MOREIRA: REPARAÇÕES HISTÓRICAS E JUSTIÇA RACIAL
Categorias
Para contratar Diva Moreira ligue para 11 98881-3713 ou contato@novaversaopalestrantes.com.br